O Ceará tem 50% de oportunidade de chuvas abaixo da média histórica nos meses de fevereiro, março e abril de 2021. O prognóstico foi divulgado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) na manhã desta quarta-feira (20).
A situação é mais preocupante na região onde ficam os maiores açudes do Ceará, Castanhão e o Orós, onde a previsão é de menos chuvas que nas demais áreas.
De acordo com as análises das condições atmosféricas e oceânicas, além dos resultados de modelos numéricos globais e regionais e de modelos estatísticos de diversas instituições do Brasil, como Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o Ceará tem ainda 40% de chances para precipitações dentro da média e 10% acima dela.
- Chance de chuva acima da média: 10%
- Em torno da média: 40%
- Abaixo da média: 50%
Os meses de janeiro a março abrangem a maior parte da quadra chuvosa no estado. Em 2020, por exemplo, o Ceará teve um volume de chuva acumulado no ano de 968 milímetros; desse total, 644 milímetros (66%) ocorreram apenas no período de fevereiro a março. (Veja mais detalhes no gráfico abaixo.)
“Os meses de dezembro e janeiro marcam a pré-estação no Ceará. Até aqui, janeiro tem sido de chuvas abaixo da média, apesar das precipitações nos últimos dias. As precipitações vão se concentrar nas regiões do Cariri e Ibiapaba”, afirmou o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins.
De acordo com Sávio Martins, as maiores preocupações para o período ficam na Região Centro-Sul do Ceará, onde estão os dois maiores açudes do estado, o Castanhão e Orós. Nessa região, a maior tendência de chuvas abaixo da média histórica.
No entanto, as Regiões Norte e Ibiapaba a probabilidade é de chuvas acima da média histórica. Eduardo Sávio Martins explicou durante o anúncio que apesar do quadro de La Niña no Pacífico, que favoreceriam as precipitações, as chuvas são influenciadas pela temperatura nas águas do Oceano Atlântico.